Carlos Dias
"Faço o que gosto, gosto do que faço"
Carlos Dias é uma figura típica, o verdadeiro 'habitué' das feiras de artesanato do país. Não está a ver quem é? Ora bem, está a ver aquelas peças que não têm qualquer tipo de coloração e são moldados "ao natural"? Essa é a assinatura de Carlos Dias, que cria presépios peculiares, figuras de Cristo e de últimas ceias. "Não uso coloração do barro, porque o próprio barro é diverso e tem várias tonalidades que eu aproveito para os contrastes". É feliz e isso transpõe-se para o seu trabalho: "Faço o que gosto, gosto do que faço". É mais um autodidacta, não frequentou a escola, mas tem as suas referências. A ideia de misturar barros que não têm pintura mas que tem cor é dele e foi assim que vingou, preservando o tradicional ao mesmo tempo que introduziu novas ideias. O mercado está aí. Trabalha sobretudo para emigrantes brasileiros "grandes apreciadores do artesanato português, nomeadamente o religioso" e "malta nova".