Irmãos Mistério
"O futuro provavelmente não passa à terceira geração"
Artesãos diferentes, a mesma inquietação. Francisco Lima ficou com o cognome do pai (Domingos Mistério), e com o seu saber. Perpetua agora a tradição que não vê reflectida nos projectos das novas gerações. Há trinta anos dedicado à arte popular, tem o irmão Manuel Lima que também assumiu o desafio. Afinal, "morreu o mestre mas não morreu o nome".
Francisco não tem qualquer prurido em fazer as "coisas mais malandras" que os clientes lhe pedem. Já pôs o Santo António a andar de bicicleta e de skate, e fez a última ceia... dos demónios. "Gosto de temas politicamente incorrectos e há pessoas que ficam ofendidas. Mas não têm nada que ficar. É que não há limites para a brincadeira nem para a imaginação".